O novo relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) divulgado nesta terça-feira (12) mostrou que as novas infecções por HIV entre adultos subiram de 43 mil para 44 mil no Brasil entre 2010 e 2015.
O crescimento na América Latina foi impulsionado, além do Brasil, por países como Colômbia e México, onde as novas infecções por HIV subiram de 10 mil para 11 mil no período. Cuba também teve forte aumento, passando de mil e 700 infecções para 3 mil e 100 no ano passado. Por outro lado, houve quedas na Argentina e na Bolívia no período analisado.
No mundo, as novas infecções tiveram baixa de 4,5 por cento, passando de 2 milhões e 200 mil em 2010 para 2 milhões e 100 mil em 2015. Apesar do indicador global ter caído, outras regiões além da América Latina tiveram aumento das novas infecções por HIV: Europa Oriental e Ásia Central (alta de 57 por cento), Caribe (9 por cento) e Oriente Médio e norte da África (4 por cento).
A redução ocorreu somente nas regiões da África Oriental e do Sul (baixa de 4 por cento) e da Ásia e do Pacífico (queda de 3 por cento), enquanto Europa Ocidental e Central, assim como América do Norte, tiveram quedas marginais no período.
Segundo o UNAIDS, os esforços para a prevenção devem ser intensificados para que o mundo continue acelerando a resposta e alcance o fim da AIDS até 2030. O diretor-executivo da UNAIDS, Michel Sidibé, alertou que o poder da prevenção não está sendo concretizado. Segundo ele, se ocorrer uma ressurgência no número de novas infecções pelo HIV, a epidemia se tornará incontrolável.
O UNAIDS lembrou os fortes impactos da epidemia de AIDS nos últimos 35 anos, quando 35 milhões de pessoas morreram de doenças relacionadas à doença e cerca de 78 milhões foram infectadas pelo HIV. (pulsar/onu)