No último sábado (13) foi o dia Mundial do Rádio. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o veículo, ainda hoje, segue como o meio de comunicação que alcança maior audiência mundial. Além de ser um aliado para enfrentar desastres naturais e emergências.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, destacou a importância do rádio em situações de crise e defendeu laços fortes entre a defesa civil e os profissionais de rádio nos países que integram a organização, pelo potencial do meio para salvar vidas.
Além de ser um importante instrumento em situações de emergências, o rádio também exerce um papel fundamental para a comunicação de populações indígenas, ribeirinhas e quilombolas, em áreas do interior do país, onde o acesso à internet e a telefonia é precário.
O pesquisador do Laboratório de Telemídia da PUC-RJ, Rafael Diniz, estuda a implementação do rádio digital no Brasil. Segundo ele, a digitalização do rádio ofereceria novos recursos como a melhor qualidade da transmissão e maior interatividade com o ouvinte. Diniz destaca que para comunidades do norte do Brasil, por exemplo, o padrão digital facilitaria a comunicação entre as pessoas da região, por meio de recados de textos via rádio.
Mas a discussão sobre a digitalização do rádio deixou de ser um interesse comercial e hoje a briga para o Brasil implantar este padrão passou a ser apenas de movimentos que lutam pela democratização da mídia e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). (pulsar)