De acordo com dados do relatório “A Súplica pela Fome”, divulgado pela ONG internacional Oxfam, há 815 milhões de pessoas sem comida ao redor do mundo, sendo que uma em cada quatro (200 milhões) é uma criança com menos de cinco anos de idade.
Dentre os países que mais sofrem de desnutrição, estão aqueles envolvidos em confrontos armados. A Oxfam acredita que a situação “é uma emergência sem precedentes, sobretudo na África Oriental, Iêmen e Nigéria.”
Somente no Iêmen, por causa dos conflitos, 17 milhões de pessoas sofrem com a falta de alimentos. O mesmo acontece com metade da população do Sudão do Sul, atingida por uma guerra. Na Nigéria, em meio ao confronto com o Boko Haram, são cinco milhões de moradores famintos.
As mudanças climáticas também estão entre as causas principais da subnutrição. Na Etiópia, 12 milhões e 500 mil pessoas não são alimentadas.
No entanto, ao que tudo indica, a principal causa é a grande concentração de renda no planeta. A própria Oxfam divulgou um relatório, em janeiro deste ano, revelando que um por cento da população mundial possui a mesma riqueza do que os outros 99 por cento. O relatório afirma ainda que apenas oito homens possuem a mesma riqueza que os três bilhões e 600 milhões de pessoas que compõem a metade mais pobre da humanidade. Na última camada, uma em cada nove pessoas vive abaixo da linha da pobreza, buscando sobreviver com menos de dois dólares por dia.
Já em setembro, a ONG fez outro levantamento, com recorte para o Brasil. De acordo com a Oxfam, seis homens concentram juntos a mesma riqueza que os 100 milhões mais pobres do país, ou seja, a metade da população brasileira. (pulsar/revista fórum)