Professores e alunos da rede estadual paulista, de diversos municípios do estado, marcharam na última terça-feira (10) do estádio do Morumbi até o Palácio dos Bandeirantes, na zona sul de São Paulo, em protesto contra o fechamento de pelo menos 94 escolas pelo plano de reorganização do governo de Geraldo Alckmin (PSDB). Em palavras de ordem, os manifestantes prometiam ocupar as instituições e resistir à medida. O próximo ato será dia 27, no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo), na avenida Paulista.
Um grupo de estudantes da Escola Estadual Lecio Akaishi, de Ribeirão Pires, chegou ao ato entoando, em coro, “se o Lecio fechar, nós vamos ocupar!”. O estudante Adams Henrique, de 17 anos, conta que muitos de seus amigos terão que ir para uma escola a mais de três quilômetros de distância de onde moram.
Somente nesta terça-feira (10), duas escolas estaduais com previsão de fechamento foram ocupadas por estudantes e professores: a Fernão Dias, em Pinheiros, e a Escola Estadual Diadema. Os manifestantes prometem ficar no local até que o governo do estado reveja a decisão.
No próximo sábado (14), quando ocorrem as reuniões de pais, os estudantes e militantes de movimentos sociais vão fazer uma vigília das 94 escolas que serão fechadas, e alertar para os pais que a chamada “reorganização” tem por trás uma proposta de economia de dinheiro.
Outro ato de protesto será o boicote às provas do Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), programadas para serem aplicadas nos dias 24 e 25 deste mês. (pulsar/rba)