Pela primeira vez na história da Argentina, uma eleição presidencial vai ser decidida no segundo turno: o candidato governista Daniel Scioli ganhou por pouco a votação no último domingo (25) e vai ter que enfrentar o candidato da oposição Mauricio Macri, no próximo dia 22 de novembro. Na madrugada desta segunda-feira (26), com 95 por cento das urnas apuradas, Scioli tinha 37 por cento dos votos e Macri, 35.
Seis candidatos disputaram o pleito que decide o sucessor da presidenta Cristina Kirchner. A eleição é considerada a mais acirrada em 32 anos de democracia. Scioli, atual governador da província de Buenos Aires, foi o mais votado, mas não conseguiu apoio suficiente para garantir a vitória no primeiro turno. Ele ficou dois pontos na frente de Macri – prefeito da capital, Buenos Aires, e segundo colocado.
O Partido Justicialista (Peronista), de Cristina Kirchner e Daniel Scioli, também sofreu uma importante derrota: pela primeira vez em 28 anos perdeu o governo da província de Buenos Aires, seu tradicional reduto político. Com um território maior que a Itália, Buenos Aires é a maior e mais rica província argentina: concentra um terço do Produto Interno Bruto (PIB) do país e 40 por cento dos eleitores.
Além de presidente e vice, os 32 milhões de eleitores argentinos votaram para eleger 103 deputados federais, 24 senadores, 43 legisladores do Parlamento do Mercosul e os governadores de 11 províncias. (pulsar/rba)