Duas das seis centrais formalmente reconhecidas, a Central única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), não participaram da reunião com o presidente interino Michel Temer para negociar a reforma da previdência.
Ambas disseram não reconhecer “golpistas como governantes”. Em nota divulgada pela CUT, a entidade afirmou que vai “continuar defendendo os interesses da classe trabalhadora, principal vítima do golpe, exigindo a volta do Estado do Direito e do mandato da presidenta Dilma, legitimamente eleita com mais de 54 milhões de votos.”
A CUT destaca que que a “luta contra os retrocessos pretendidos e anunciados será travada pelo conjuntodos movimentos sociais nas ruas, nos locais de trabalho, na luta constante para impedir que o Brasil recue, do ponto de vista democrático, institucional e civilizatório, a décadas passadas.”
Também em nota, a CTB disse ter muita clareza dos riscos e, diferente de alguns setores do movimento sindical, não se dispõe a “segurar na alça da traição”.
Participaram do encontro, marcado para as três da tarde, no Palácio do Planalto, a Força Sindical, UGT, CSB e Nova Central. Pelo governo, além de Temer, estarão os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Ronaldo Nogueira (Trabalho) e Eliseu Padilha (Casa Civil). (pulsar/rba)