A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revelou na última quinta-feira (15) o relatório “Um Olhar sobre a Educação 2016“, que aponta que os professores da rede pública do ensino fundamental e médio do Brasil têm uma remuneração menor que a metade da média salarial dos países membros da OCDE.
O diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), Clemente Ganz Lúcio, afirma o Brasil perdeu a capacidade de valorizar a representação do professor. Segundo ele, o relatório também mostra que os professores brasileiros trabalham 42 semanas por ano, enquanto em outros países os docentes têm uma jornada de trabalho de 37 semanas anuais.
Clemente ressalta que além da má remuneração, os professores enfrentam problemas como a precária estrutura das escolas, o que dificulta enfrentar os desafios de educar as crianças.
Por outro o lado, o estudo aponta que os docentes universitários no Brasil têm os salários equiparados à média dos países analisados pela Organização. De acordo com Clemente, o salário de um professor de universidade chega a ser mais alto do que de países desenvolvidos, como Finlândia, Noruega e Suécia, por exemplo. (pulsar/rba)