Os atingidos pelas barragem de rejeitos da Samarco, em Mariana, Minas Gerais, lançaram a segunda edição do jornal feito por eles: “A Sirene”. A publicação é mensal e tem o apoio do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e do coletivo #UmMinutoDeSirene, um grupo formado por moradores de Mariana e Ouro Preto que realiza ações voluntárias com o intuito de defender o direito dos atingidos à comunicação e à preservação das suas memórias.
Com tiragem de dois mil exemplares, o jornal é distribuído entre os atingidos que estão espalhados pela sede de Mariana, nos distritos e subdistritos atingidos e também na cidade de Barra Longa.
O editorial conta que o jornal surgiu de uma das ações de apoio do grupo #UmMinutoDeSirene. O texto afirma que o informativo não foi criado para julgar os responsáveis por este que já é o maior desastra socioambiental dos 516 anos de história do Brasil.
A barragem da mineradora Samarco se rompeu na tarde do dia 5 de novembro, no distrito de Bento Rodrigues, zona rural a 23 quilômetros de Mariana. A tragédia deixou 19 mortos e inundou a região com lama, causando destruição de vegetação nativa e poluindo as águas da Bacia do Rio Doce.
O jornal “A Sirene” está disponível também em versão online. (pulsar)