Milhares de colombianos foram às ruas das principais cidades do país nesta quarta-feira (27) registrando o sétimo dia consecutivo de paralisações e protestos contra o pacote de medidas trabalhistas e previdenciárias do presidente Iván Duque. A greve geral contou com uma alta adesão de participantes que renderam homenagens a Dilan Cruz, estudante de 18 anos morto durante os protestos, e realizaram panelaços contra o presidente.
Em Bogotá, capital do país, as mobilizações começaram desde as primeiras horas do dia no parque Nacional, onde centenas de manifestantes se concentraram e depois marcharam em direção à praça Bolívar, região central onde está localizada a sede do governo colombiano.
Os manifestantes também utilizaram as ruas próximas das universidades da cidade para marcharem contra as medidas do presidente e em homenagem a Dilan Cruz, que morreu após ser atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo na cabeça por agentes do Esquadrão Móvel Antidistúrbios da Colômbia.
Na praça Bolívar, os colombianos realizaram um protesto que contou com apresentações artísticas, musicais, com a presença de líderes indígenas e estudantes. Segundo o jornal El Espectador, a parte jurídica da Universidade dos Andes e de Rosário, composta por advogados da instituição, estavam acompanhando os universitários durante a marcha.
Na segunda maior cidade da Colômbia, Medellín, os colombianos se encontraram pela manhã na região de La Alpujarra, onde realizaram uma caminhada simbólica em solidariedade a Cruz. Os manifestantes ainda fizeram um minuto de silêncio em memória do estudante que morreu nesta segunda-feira (25).
Na cidade de Cali, mais de 160 mil estudantes de 91 instituições paralisaram suas atividades após a convocação para mais um dia de protesto feita pelo Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação do Valle (Sutev). (pulsar/opera mundi)