O presidente da Bolívia, Evo Morales, solicitou neste sábado (19) uma reunião urgente da União de Nações Sul-americanas (Unasul) a fim de defender a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, dos movimentos que pedem seu impeachment.
Morales disse que os países que compõe a Unasul devem fazer uma reunião de emergência para defender a democracia no Brasil, Dilma, Lula e a paz. Ele enviou uma carta para o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, que também preside temporariamente a Unasul, pedindo a realização do encontro.
O líder boliviano ainda pediu que seus homólogos latino-americanos se mobilizem para defender a democracia do continente. Para ele, a região deve se unir contra a “direita que busca retomar o poder através de golpes de Estado”.
Na sexta-feira (18), Tabaré Vázquez declarou solidariedade a Dilma. Em nota, o presidente da Unasul pediu que todos os países membros fizessem o mesmo, destacando que a mandatária brasileira foi “eleita por vontade popular” e expressando desejos de que a crise política que ela enfrenta se solucione “o mais rápido possível”.
O ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, disse que a declaração de Vázquez está circulando por todas as repúblicas da Unasul, fazendo um chamado e incentivando que se respeite a ordem institucional no Brasil e o mandato de Dilma Rousseff.
Outros líderes internacionais também manifestaram apoio à presidente Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na quinta-feira (17), o mandatário venezuelano, Nicolás Maduro, fez um apelo para que houvesse uma mobilização popular latino-americana em defesa de Dilma e Lula. No mesmo dia, o ex-presidente do Uruguai, José Mujica, afirmou que os acontecimentos no Brasil indicam que a direita “perdeu toda a racionalidade”. (pulsar/opera mundi)