Na última sexta-feira (19), a Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), em San José (Costa Rica), concluiu audiência sobre a existência de milhares de trabalhadores submetidos, a partir de 1989, a trabalho escravo, forçado e servidão na Fazenda Brasil Verde, no Pará.
Se condenado, o Brasil terá de ressarcir os trabalhadores e suas famílias. Além disso, terá de adotar medidas e leis para prevenir casos semelhantes. O Brasil é criticado por entidades de direitos humanos por ter negligenciado os fatos, deixando de acionar os proprietários de fazendas e indústrias que submeteram trabalhadores a condições degradantes.
A Corte deverá finalizar o julgamento ainda este ano. Em março, haverá uma fase de apresentação de argumentos sobre o caso. A diretora executiva do Centro pela Justiça e Direito Internacional, Viviana Krstcevic, espera que a sentença da Corte ajude a dar visibilidade ao trabalho escravo no Brasil.
O juiz brasileiro Roberto Caldas, que tomou posse há cinco dias na presidência da Corte Interamericana de Direitos Humanos, não participou da audiência. Seis juízes, que participaram da audiência, vão examinar e julgar se existe trabalho escravo no Brasil no caso da Fazenda Brasil Verde. (pulsar)
*Com informações da Agência Brasil