Cerca de sete milhões e 200 mil pessoas ainda são afetadas pela fome no Brasil. A insegurança alimentar grave, com privação de alimentos, foi diagnosticada pela Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (Pnad) 2013 sobre Segurança Alimentar. O total é 35,7 por cento menor que o registrado em 2009, quando 11 milhões e 200 mil pessoas estavam nessa situação.
Embora o país tenha avançado no combate à fome, os dados indicam que cerca de 52 milhões de pessoas apresentaram algum grau de insegurança alimentar em 2013. Ou seja, sofrem com a ausência de alimentos suficientes em quantidade e qualidade para abastecer os núcleos familiares.
A situação mais crítica de insegurança alimentar grave no país foi identificada no Nordeste. Segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 38,1 por cento das moradias na região apresentaram algum tipo de restrição alimentar. A zona rural foi a mais atingida, onde a questão atinge 35,3 por cento dos moradores.
Recentemente, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) reconheceu o programa Bolsa Família como importante política de combate à fome. No entanto, organizações campesinas como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) defendem uma reforma agrária popular que priorize a agricultura familiar, setor responsável por 70 por cento dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. (pulsar/brasil de fato)