O Relatório Sobre Disparidade Global Entre Gêneros 2016, do Fórum Econômico Mundial, afirma que, no ritmo atual, a disparidade econômica entre homens e mulheres levarão 170 anos para desaparecer. Desta forma, a desigualdade de renda, salários e acesso a postos de trabalho só deixaria de existir no ano de 2186. O relatório é mais pessimista do que o ano passado, que falava em 118 anos, o que aponta que o ritmo de diminuição da desigualdade caiu.
O estudo, elaborado desde 2006, leva em conta quatro critérios: o econômico, mais acesso à educação, à saúde e o empoderamento político (participação em cargos políticos em todos os níveis), e analisa dados de 144 países.
Em média, no mundo inteiro, as mulheres ganham metade do que os homens para desempenhar as mesmas funções no mundo do trabalho. Este é o segundo pior índice em termos de disparidade. O pior é o do empoderamento político, e os melhores índices são os de acesso à educação e à saúde.
A pesquisa apresenta algumas surpresas. Em termos de ritmo global de diminuição da disparidade, quatro países nórdicos mantêm a primazia: pela ordem, Islândia, Finlândia, Noruega e Suécia. Porém o quinto país, neste hierarquia, é Ruanda, na África. Isto se deve a uma melhora substancial no setor econômico e na participação política. Ruanda é o país com percentual mais alto no mundo de participação de mulheres nos parlamentos, em todos os níveis. Seu desempenho mais fraco está nos setores da educação e da saúde.
Os outros países que completam a lista dos dez melhores são Irlanda, Filipinas, Eslovênia, Nova Zelândia e Nicarágua. O Brasil está na posição 79 na lista dos 144. (pulsar/rba)