A Argentina assumiu a presidência rotativa do Mercosul na última quarta-feira (14), em reunião do bloco em Buenos Aires. Segundo informações da ministra de Relações Exteriores da Argentina, Susana Malcorra, não houve participação da Venezuela.
A ministra de Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, esteve em Buenos Aires, mas não pode participar da reunião. Acompanhada pelo chanceler boliviano David Choquehuanca e por movimentos sociais em Buenos Aires, a chanceler criticou a posição dos demais países e exigiu “respeito ao direito legítimo” da Venezuela como “membro pleno do Mercosul”.
Rodríguez ainda disse que a Venezuela “mantém a presidência do Mercosul” e criticou os ministros dos países do bloco de se negarem ao diálogo com Venezuela e Bolívia, que se encontra atualmente em processo de adesão ao Mercosul.
O coordenador nacional da Venezuela no Mercosul, Héctor Constant, também denunciou a proibição do país de participar das reuniões do bloco como um “golpe à institucionalidade”. Constant alegou que foi barrado duas vezes de reuniões com coordenadores nacionais do Grupo do Mercado Comum, em Buenos Aires.
No último dia dois de dezembro, os países fundadores do Mercosul — Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai — decidiram suspender a Venezuela do bloco afirmando que o governo do presidente Nicolás Maduro supostamente descumpriu o protocolo de adesão.
A Venezuela, no entanto, rejeitou o anúncio, afirmando que a decisão era ilegal e que continuaria exercendo a Presidência do Mercosul. (pulsar/opera mundi)