O juiz federal Sérgio Moro condenou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e meio de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Lula também teve os direitos políticos suspensos por 20 anos. O ex-presidente pode recorrer em liberdade.
A condenação é relativa ao processo sobre a compra e a reforma de um apartamento triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo.
A propriedade do imóvel é atribuída a Lula, mas o ex-presidente sempre negou ser o dono.
Segundo Moro, existem provas de que a construtora OAS pagou as obras no triplex para receber, em troca, vantagens envolvendo a Petrobras.
De acordo com a sentença, Lula se valeu do cargo de presidente da República para articular um amplo esquema criminoso, no qual o pagamento de propinas havia se tornado rotina.
Sérgio Moro afirma que membros do Partido dos Trabalhadores receberam 16 milhões de reais em propina.
Além de Lula, são réus nessa ação a ex-primeira-dama Marisa Letícia, que morreu no dia 3 de fevereiro e, por isso, teve o processo extinto; o ex-diretor do Instituto Lula, Paulo Okamotto, que foi absolvido; e os ex-executivos da OAS Léo Pinheiro, que já está preso por outro processo e agora foi condenado a mais 10 anos e 8 meses de prisão; Agenor Medeiros, que já tem duas condenações e aguarda o cálculo total da pena.
Outros três ex-executivos da OAS envolvidos no processo foram absolvidos. São eles: Roberto Ferreira, Fábio Yonamine e Paulo Gordilho.
Esse processo também trata do transporte e armazenamento do acervo presidencial de Lula, que ficou lacrado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo. No caso do acervo, todos foram absolvidos. (pulsar)
*Informação da Radioagência Nacional