No último sábado (10) o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) aprovou a resolução ‘Resistir ao golpe, defender a liberdade de expressão e unir os setores progressistas para restaurar a democracia’.
O documento reconhece que o impeachment que afastou Dilma Rousseff da Presidência da República foi um golpe midiático, parlamentar e jurídico que tevenos veículos de comunicação ‘o seu principal legitimador’.
O manifesto ainda alerta para o cerceamento da liberdade de expressão. O FNDC aponta que ‘atos públicos têm sido reprimidos violentamente pelas forças de segurança e a repressão tem sido incentivada por veículos de comunicação’. Na carta, a perseguição política sofrida por artistas, intelectuais, jornalistas, cineastas e midialivristas é comparada ao macartismo praticado na década de 40 nos Estados Unidos, que instaurou um clima de censura e perseguiu artistas como Charles Chaplin.
A resolução aponta dez estratégias que deverão ser adotadas pelo FNDC durante o próximo período para garantir que conquistas sociais não sejam perdidas. Entre os destaques estão repudiar o governo de Michel Temer e integrar a campanha por novas eleições presidenciais; intensificar a luta contra o desmonte da EBC, da Lei Geral de Telecomunicações, da liberdade na internet, da neutralidade de rede e da privacidade dos usuários e combater a criminalização da comunicação alternativa, da radiodifusão comunitária e do midialivrismo, lutando pelo seu fortalecimento e discutindo mecanismos para garantir a sustentabilidade destes instrumentos.
Além disso, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação irá participar no próximo dia 22 de setembro das ações de construção da greve geral. (pulsar)