Um tribunal de San Diego, Califórnia, ordenou nesta terça-feira (26) à noite a reunião das famílias de imigrantes separadas pela polícia migratória, denunciando a política de “tolerância zero” imposta pelo governo de Donald Trump. Segundo a sentença, os menores de idade devem ser entregues aos pais em duas semanas se tiverem menos de cinco anos e em menos de 30 dias se forem mais velhos. A decisão afirma que governo federal deve “enfrentar as caóticas circunstâncias que criou”.
O pedido foi feito pela ONG União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) em nome de migrantes anônimos contra a Polícia de Imigração (Immigration and Customs Enforcement, ICE). O juiz Dana Sabraw exigiu que a ICE “faça todo o possível para facilitar a comunicação” entre as famílias separadas.
No Twitter, a ONG comemorou a decisão judicial, qualificada de “enorme vitória para os pais e as crianças que pensavam que nunca voltariam a se ver”.
Desde maio, os processos sistemáticos iniciados contra os pais que atravessam a fronteira com seus filhos provocaram a separação de mais de dois mil e 300 menores de idade, o que gerou críticas nos Estados Unidos e no exterior.
Outras ações apresentadas em nome dos imigrantes questionam o “trauma” provocado nas crianças pela separação de seus pais e denunciam as condições “desumanas” de detenção nos centros da Polícia de Imigração. Na terça-feira, vários estados americanos apresentaram demandas contra a política de “tolerância zero” do governo do presidente Donald Trump em relação à imigração clandestina, em uma nova batalha judicial contra a administração do republicano.
Na semana passada, diante das críticas dentro de seu próprio partido e da ONU, Trump assinou um decreto para suspender a separação de pais e filhos que entraram juntos, mas sem documentos, nos Estados Unidos, a maioria deles para solicitar asilo depois de fugir da violência e da pobreza em países da América Central. (pulsar/opera mundi)