Os níveis de poluição do ar nas zonas urbanas aumentaram em oito por cento de 2008 a 2013. A informação é de um relatório publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) no final de maio. O organismo internacional destacou a importância do uso de mais energias renováveis e de fogões ecológicos — ações vitais para o combate da situação de emergência da saúde pública.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição do ar mata sete milhões de pessoas a cada ano, com mais de 80 por cento das pessoas que vivem em áreas urbanas sendo expostas a níveis de qualidade do ar que excedem os limites de segurança da organização.
Segundo o relatório, pelo menos 82 países dos 193 analisados têm incentivos que promovem o investimento na produção de energia renovável, em produção mais limpa, em eficiência energética e/ou equipamentos de controle de poluição.
No ano passado, pela primeira vez, as energias renováveis representaram a maioria da nova capacidade de geração de eletricidade adicionada em todo o mundo, com um investimento de 286 bilhões de dólares, de acordo com pesquisa realizada pelo PNUMA, pela Bloomberg e pela Escola de Frankfurt.
Porém, embora as políticas e normas sobre combustíveis limpos e veículos possam reduzir as emissões em 90 por cento, apenas 29 por cento dos países do mundo adotaram padrões de emissões de veículos “Euro 4” ou acima. Enquanto isso, menos de 20 por cento dos países regulam a queima a céu aberto de resíduos, uma das principais causas da poluição do ar.
Apesar dos desafios, o levantamento destaca que 97 países aumentaram o percentual de domicílios que têm acesso a combustíveis de queima mais limpa para mais de 85 por cento – um progresso fundamental para combater a poluição do ar que afeta ambientes fechados.
A sujeira presente no ar de espaços interiores é responsável por mais da metade das sete milhões de mortes anuais associadas à poluição da atmosfera. (pulsar/onu)