Estudantes secundaristas voltaram a ocupar na tarde da última segunda-feira (30) a sede da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc). É a segunda vez que alunos da rede estadual ocupam o prédio para pressionar o governo de Luiz Fernando Pezão (PMDB) a discutir a pauta de reivindicações do movimento iniciado em 21 de março, quando o Colégio Estadual Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, foi tomado pelos alunos.
Na madrugada do último dia 21, alunos que ocupavam o órgão foram retirados com violência por integrantes do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Muitos deles foram feridos e alguns chegaram a ser retirados desacordados. Desde o início desta segunda ocupação, já havia viaturas em torno do prédio para evitar a entrada de outras pessoas.
De acordo com os estudantes, ainda não há nenhuma resposta do governo. Chantal Campello Ferraz, aluna do Colégio Estadual Edmundo Silva, em Araruama, na região dos Lagos, conta que há duas semanas os alunos tiveram algumas conversas com o antigo secretário, Antonio Neto. Porém, ele pediu exoneração e com o novo secretário, Wagner Victer, voltaram à estaca zero.
Os estudantes são contra os cortes no financiamento da educação e reivindicam melhorias na infraestrutura das escolas, na merenda e participação na gestão das políticas educacionais e gestão escolar.
Nesses 70 dias de mobilização, mais de 100 escolas chegaram a ser ocupadas. Hoje são mais de 50. Conforme a estudante, a mobilização foi enfraquecida pela ação do chamado movimento Desocupa, patrocinado por dirigentes, que têm agido de maneira violenta contra as ocupações. (pulsar/rba)