A sede da Rede Globo no Rio de Janeiro foi ocupada na manhã desta segunda-feira (22) por movimentos populares em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sob o mote “Globo condena Lula. Povo enfrenta o Golpe”. Cerca de 150 pessoas estão acampadas no prédio da emissora na Rua Jardim Botânico.
Com o ato, os manifestantes esperam denunciar o empenho da empresa não esclarecendo os fatos em torno do processo conduzido inicialmente na décima terceira vara criminal federal da comarca de Curitiba, do juiz Sérgio Moro, e agora em segunda instância, no Tribunal Regional Federal da quarta Região (TRF-4) com o julgamento marcado para esta quarta-feira (24), em Porto Alegre.
“A emissora teve sua atuação questionada em diversos momentos da história e influenciou os principais episódios políticos, sustentando com uma atuação parcial durante desenrolar do
Golpe de 2016″, denunciam em nota o movimento de ocupação apontando que uma pesquisa realizada na Universidade Federal do Rio de Janeiro, constatou que entre dezembro de 2015 e agosto de 2016 o Jornal Nacional dedicou quase 13 horas de noticias negativas sobre Lula e nenhuma hora de noticias favorável.
Entre os movimentos populares que participam do ato estão o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e Levante Popular da Juventude. Luma Vitório do Levante, afirma que o judiciário do Moro não conseguiria sozinho condenar o Lula. Ela destaca que já tentaram várias manobras, mas o que sustenta a República de Curitiba e as inconstitucionalidades do processo é a Globo, que tem se empenhado para atacar Lula para que ele não concorra às eleições em 2018.
Uma série de atos estão sendo programados ao longo desta semana em apoio a Lula que terá seu recurso de apelação julgado na quarta-feira (24), a partir das 8 e meia da manhã pela oitava Turma do Tribunal Regional Federal da quarta Região (TRF4), em Porto Alegre.
Sua defesa entrou com o processo para tentar derrubar a condenação do juiz Moro, em primeira instância, de nove anos e seis meses de cadeia no caso Triplex. O curitibano alega que o ex-presidente é culpado por corrupção e lavagem de dinheiro recebendo o apartamento no Guarujá em troca de contratos que beneficiariam a OAS junto a Petrobras. Porém o apartamento nunca esteve em nome de Lula ou de algum membro de sua família e chegou a ser usado na negociação junto a credores da OAS como massa falida do braço da empresa em São Paulo. (pulsar/
GGN)