Pelo menos 100 lugares na Argentina fazem, nesta sexta-feira (3), mobilizações com o tema Ni Una a Menos (Nem Uma a Menos em tradução livre). O ato principal será em frente ao Congresso Nacional argentino e pretende reunir uma multidão, como ocorreu na primeira marcha, no ano passado. O convite formal para as manifestações foi feito em coletiva de imprensa organizada por vítimas da violência de gênero e familiares de mulheres vítimas de feminicídios.
Em uma sala na Câmara dos Deputados argentina, onde ocorreu a coletiva, as mães, irmãs e amigas de Barbara Toledo, Laura Iglesias, Judith Gimenez e Suhene Carvalhae seguravam fotos delas, todas assassinadas.
Nora Cortiñas e outras Mães da Praça de Maio ocuparam um lugar central na reunião com famílias e vítimas de violência, membros do coletivo Nem Uma a Menos, deputadas e dirigentes de organizações sociais.
Florencia Abbate, membro do coletivo, leu um documento e lembrou que a titular do Conselho Nacional de Mulheres, Fabiana Tuñez, confirmou que em julho vai apresentar um Plano Nacional de Ação para a Prevenção, Assistência e Erradicação da Violência contra as Mulheres.
Também reiteraram o pedido para que se anule a sentença que condenou a jovem Belém a oito anos de prisão por homicídio, depois de ela ter sofrido um aborto espontâneo, em 2014, em um hospital tucumano. Asmulheres também pediram ao Congresso que regulamentem a interrupção voluntária da gestação.
Outras demandas do grupo pediam à Justiça pelo fim da discriminação; a políticos para frear a conivência com redes de tráfico de pessoas; além de “visibilidade às violências sofridas por lésbicas, travestis e transexuais”.
Em Buenos Aires, a concentração para a marcha será às cinco horas da rade no Congresso Nacional, de onde sairão para a Praça de Maio. Representantes de organizações não governamentais de mulheres, de diversidade sexual, de direitos humanos, sindicatos, e partidos políticos também apoiam a manifestação. (pulsar/rba)