Uma rebelião deixou 57 detentos mortos no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no Pará, na manhã desta segunda-feira (29). De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), o conflito começou por volta das sete horas da manhã, quando um grupo de presos invadiu a ala de uma facção rival – informações dão conta que estão envolvidos o Comando Classe A (CCA) e o Comando Vermelho (CV).
De acordo com informações divulgadas, os presos chegaram a colocar fogo em parte da ala. Dentre os mortos, 16 foram decapitados e o restante teria morrido por asfixia devido ao incêndio. Dois agentes penitenciários foram mantidos reféns, mas foram liberados ao final da rebelião, que foi contida por volta das 12 horas.
“Foi um ato dirigido. Os presos chegaram a fazer dois agentes reféns, mas logo foram libertados, porque o objetivo era mostrar que se tratava de um acerto de contas entre as duas facções, e não um protesto ou rebelião dirigido ao sistema prisional”, afirmou Jarbas Vasconcelos, superintendente da Susipe. Não foram encontradas armas de fogo, apenas as chamadas ‘estoques’ – facas improvisadas com material precário.
Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que, após reunião do ministro Sérgio Moro com o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), e com demais nomes da segurança pública, as lideranças das facções serão transferidas para o Sistema Penitenciário Federal. “O ministro Sérgio Moro lamentou as mortes e determinou a intensificação das ações de inteligência e que a Força Nacional fique de prontidão”, diz o texto. (pulsar/carta capital)