As aldeias indígenas Tekoá Itaty, Tekoá Yaka Porã e o Centro de Formação Tataendy Rupa, no Morro dos Cavalos, em Palhoça, Santa Catarina, têm sido alvos de diversos ataques desde o início de novembro. No começo do mês, Ivete de Souza, mãe da líder indígena Eunice Antunes, foi atacada brutalmente e teve a mão decepada.
Eunice Antunes afirma que parte do clima de violência é responsabilidade do próprio poder público, principalmente da Câmara Municipal de Palhoça, por parte do vereador Nirdo Artur Luz (DEM), o Pitanta. Ela conta que o vereador chamou uma audiência pública, mas ela foi uma incitação à violência contra nós.
Por ser próximo de uma região de praias, o território indígena está na mira da especulação imobiliária. A liderança afirma que há informações de um projeto de hotel resort bem no Morro dos Cavalos.
Alvos de tiroteio durante as madrugadas, os indígenas não contam com suporte dos órgãos públicos. De acordo com Eunice, eles tiveram uma reunião com o pessoal do Ministério Público e da Polícia Federal para que houvesse mais proteção. Mas, com as burocracias, não houve resposta até hoje. (pulsar/rba)