Um ano difícil e marcado por retrocessos. Para os movimentos sociais e a população mais pobre, 2016 levou a crise econômica e política a um patamar cada vez mais preocupante. Além do golpe parlamentar contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, os golpes contra os poucos avanços que o Brasil atingiu nos últimos anos foram quase que diários. Chegamos ao final de 2016 com a certeza de que as lutas serão cada vez mais necessárias.
O golpe contra Dilma veio acompanhado pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que vai cortar os gastos com saúde, educação e assistência social pelos próximos 20 anos; pela reforma da previdência e do ensino médio; ataques aos direitos dos povos tradicionais; fim da comunicação pública com o desmonte da EBC (Empresa Brasil de Comunicação); entre outros retrocessos. Não podemos esquecer ainda que o governo de Michel Temer trouxe de volta uma política branca, elitista e arcaica.
Finalmente vimos a prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Porém, ao mesmo tempo, também vimos Renan Calheiros (PMDB) ir contra o STF (Superior Tribunal Federal) para se manter na presidência do Senado.
O estado do Rio de Janeiro, afundado em dívidas, viu os ex-governadores Sérgio Cabral e Garotinho serem presos. Após quase uma década, chegou ao fim a era de megaeventos esportivos que impactaram e muito a vida da população da capital fluminense.
O ano ainda foi marcado pelo assassinato das lideranças Berta Cáceres e Nicinha, grandes nomes contra a devastação provocada pelas barragens.
O feminismo ganhou novas proporções, com milhares de mulheres em luta contra o feminicídio e todas as formas de violência de gênero. Na Argentina, elas pararam o país numa greve geral histórica.
Após décadas, finalmente o governo da Colômbia e as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) assinaram o acordo de paz.
Em seu processo de abertura, Cuba perdeu em 2016 o líder máximo de sua revolução. O que aconteceu no mesmo ano em que os Estados Unidos elegeram Donald Trump como seu próximo presidente.
O avanço do capital e do neoliberalismo se mostra cada vez maior. Os próximos anos serão de muita luta para os movimentos sociais em defesa de direitos e da democracia.
A equipe da Pulsar Brasil deseja a todxs um bom Natal e um Feliz Ano Novo!
Retomaremos as atividades no dia 2 de janeiro. (pulsar)