No último domingo (8), Dia Internacional da Mulher, milhares de mulheres por todo o mundo saíram às ruas em luta por seus direitos. Nas manifestações deste ano no Brasil, as feministas reivindicaram o Estado laico, a legalização do aborto, o fim da violência contra as mulheres e a equidade salarial.
Em São Paulo, cerca de cinco mil mulheres realizaram uma passeata que atravessou a Avenida Paulista, a Rua Augusta e finalizou na Praça Roosevelt, na região central da capital. O ato foi promovido por militantes de movimentos auto-organizados de mulheres, de moradia e sindical.
Para as feministas, um dos grandes empecilhos para o avanço das pautas das mulheres é o crescente conservadorismo no Congresso Nacional. Segundo a integrante do grupo Católicas pelo Direito de Decidir, Regina Jarkewicz, “esse Congresso que temos hoje está muito atrasado em relação ao que a sociedade quer. Os movimentos sociais precisam pressionar para que as pautas das mulheres, como a legalização do aborto, avancem.”
Já as mulheres de movimentos de moradia saíram em defesa da “Água, Democracia, Reforma Política, do combate a todos os tipos de violência contra as mulheres”. No caso da água, elas responsabilizam o governador Geraldo Alckmin (PSDB) pela crise hídrica pela qual passa o estado paulista.
Além do ato em São Paulo, diversas outras cidades realizaram protestos de rua, como Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. (pulsar/brasil de fato)