O único limite à realização do futuro são as dúvidas do presente.
Vamos avançar com fé e firmeza.
Franklin Roosevelt
Fundada em 1962 a American Association for Humanistic Psychology (AHP), Associação Americana de Psicologia Humanista, que se tornou a força impulsionadora do movimento. Filosoficamente a Psicologia Humanista está baseada no humanismo, no existencialismo (Martin Heidegger) e na fenomenologia (Edmund Husserl).
É um ramo da Psicologia em geral e da psicoterapia em particular, também considerada como a terceira via, ao lado da psicanálise e da terapia comportamental. A Psicologia Humanista surgiu na década de 50 do século passado como uma reação ao determinismo dominante nas outras práticas psicoterapêuticas, ensinando que o ser humano possui em si uma força de autorrealização, que conduz o indivíduo ao desenvolvimento de uma personalidade criativa e saudável. Essa força inerente a todo ser humano é muitas vezes, no entanto, impedida por fatores externos de se desenvolver plenamente. A Psicologia Humanista busca assim uma humanização da psique considerando o homem como um processo em construção, detentor de liberdade e poder de escolha.
O primeiro teórico a desenvolver uma teoria humanista na psicologia foi Abraham Maslow, com sua pirâmide das necessidades. Suas ideias foram recebidas, mais tarde, por Carl Rogers na sua terapia centrada no cliente, assumindo assim um significado prático. O ser e a existência do todo passam a ser a questão central.
A grande contribuição desta nova escola pode ser vista na ênfase da experiência consciente, na crença na integralidade entre natureza e a conduta do ser humano, no livre-arbítrio, espontaneidade e poder de criação do indivíduo, e no estudo de tudo que tenha relevância para a condição humana. Somente mediante a perspectiva da totalidade, que a consciência é entendida. Esta, por sua vez, deve ser submetida à temporalidade, impedindo-a de ficar estática e desmistificando a existência de uma realidade pura. Seu valor reside na relação que estabelece entre as realidades interna e externa. É o eu-mundo.
O americano Abraham Maslow (1908-1970) foi considerado o pai espiritual do movimento humanista. Abandona o comportamentalismo, abraçado no início de sua carreira, por passar a acreditar na tendência inata que cada pessoa traz em si para se tornar auto-realizadora. Este seria o nível mais alto da existência humana, onde a realização do potencial de cada indivíduo seria conquistada.