Entre 2001 e 2011, mais de dez mil pessoas foram mortas no Estado do Rio de Janeiro em confronto com a polícia. Esse número apresentado pela Secretaria de Segurança do estado do Rio dá a corporação Fluminense o nada honroso título de campeã mundial de letalidade. Com isso, campanhas como Cadê Amarildo e Cadê Patrícia, causam revolta, mas não mais surpresas. Amarildo, morador da Rocinha despareceu após ser conduzido a UPP da Comunidade. Já o corpo da engenheira, está desaparecido desde 2008, após acidente de carro na Barra da Tijuca no qual Policiais Militares são os principais suspeitos. A segurança pública está cada vez mais sendo discutida e colocada em xeque principalmente a partir das incursões policiais em favelas e a ação nas recentes manifestações de rua. Os chamados autos de resistência, no qual o cidadão resiste a abordagem, podendo ser atingido e morto, estão entre os atos que vem permeando a discussão. Diante desse quadro, a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio de Janeiro, lança a campanha Desaparecidos da democracia – Pessoas reais, vítimas invisíveis. A campanha será dividida em três etapas. A primeira a sociedade civil será chamada para debater o tema. Na segunda, serão ouvidos parentes das vítimas e moradores de comunidades. Já na terceira fase, a OAB/RJ, pretende apresentar a sociedade os resultados das investigações e as propostas de solução para o problema. Os depoimentos e denúncias serão gravados em vídeo para serem utilizados também em outros estudos realizados pela PUC-Rio, parceira da OAB na campanha.