Chegamos a edição de número 20 do Música para pensar. E para comemorar, vamos conversar sobre, Bacurau, o filme. Você viu?
[Inserir vinheta]
Se você ainda não viu Bacurau, ainda dá tempo. Procure uma sala de cinema e prestigie o cinema brasileiro, que para além dos resultados artísticos e culturais, gera emprego e renda. Não há, em Bacurau, cenas pós créditos, mas você fica sabendo, lendo as letrinhas que sobre, que o filme gerou 800 empregos diretos e indiretos.
Na história, uma comunidade esquecida pelos governos e por Deus, por que não dizer, une-se para sobreviver contra o ataque de estranhos e desses mesmos governos que os esqueceu. Uma trama que não vai te deixar esquecer que no Brasil, dos helicópteros e governadores evangélicos que fazem chover tiros sobre casas de pobres no Rio de Janeiro, tendo sido assassinadas seis crianças entre o início do ano e este momento, uma elite branca luta pelo direito de atirar nas pessoas inferiores, enquanto outra parte luta pelo direito de continuar vivo.
É por isso que Bacurau nem parece ficção ou tão violento quanto é, uma vez que o dia a dia de governos fascistas já são tão ou mais irreais.
Depois de ver o filme, que é sobretudo divertido e reflexivo, aproveite para ler o livros: Uma história de desigualdade, de Pedro Ferreira de Souza, lançado pela Editora Hucitec. E aprofunde um pouco mais as reflexões sobre o porque, no Brasil, uma parte dos brasileiros se sente mais identificada com os estrangeiros do que com sua gente. Reflexão que Bacurau mostra e que o Presidente Miliciano demonstra todo santo dia em um ritual vexatório até para quem tem o saco puxado até quase sangrar.
Para pensar em tudo isso, vamos ouvir, Perseguição, De Sérgio Ricardo, da trilha sonora de outro filme que vale muita a pena ver, Deus e o Diabo na Terra do Sol, do lendário diretor Glauber Rocha.
Ouça aí, Perseguição, e vamos pensar.
[Inserir vinheta]
[Inserir vinheta]
Livro:
História Da Desigualdade - A Concentração de renda entre os ricos no Brasil
https://amzn.to/2ogte3L