Durante o réveillon de Copacabana, um fotojornalista fez um clique de um garoto dentro do mar apreciando a queima de fogos. A imagem viralizou nas redes sociais, milhares de pessoas comovidas com a composição da foto clamavam por justiça social, já determinando que o menino fosse um morador de rua. Poucas pessoas pararam para pensar que esse menino poderia não está em situação de rua, e que muito provavelmente estivesse com sua família curtindo a festa de virada de ano. Essa situação traz à reflexão as estruturas racistas da nossa sociedade, que ditam o lugar do negro brasileiro, principalmente se este estiver sem camisa, molhado de mar e curtindo o réveillon. O próprio fotografo deu um parecer na internet dizendo que não sabe quem é o menino, e nem o seu contexto social.
Diante destes fatos, essa matéria vai discursar sobre questões que atravessam o direito da criança na reprodução não aprovada de sua imagem, e construções do ser negro no Brasil.