Nesta quinta-feira (28) será lançada mais uma publicação que alerta para o aumento da violência na zona rural. O Atlas de Conflito da Amazônia é uma iniciativa da Articulação das Comissões Pastorais da Terra (CPTs) da Amazônia com o intuito de aprofundar e visibilizar os conflitos socioambientais que ocorrem nos nove estados que compõe a Amazônia Legal.
Em entrevista à Pulsar Brasil, Gilson Rego, da coordenação do CPT Pará, explicou que a metodologia utilizada no Atlas é diferente do Caderno de Conflitos, publicação anual da entidade. Segundo Rego, o Atlas traz informações de conflitos que começaram há muito tempo e se mantêm até hoje, os chamados conflitos ativos.
A situação na Amazônia é preocupante. Dados apresentados na pesquisa Conflitos no Campo, da CPT, apontam que em 2017 foram notificados 63 assassinatos devido à conflitos agrários, dessas mortes, 49 ocorreram na Amazônia Legal. O ano ainda nem terminou e o número de mortes violentas já ultrapassou o ano passado, quando foram registrados 61 assassinatos.
O coordenador da CPT Pará destacou que o Atlas é mais uma ferramenta que identifica as terras em disputa na Amazônia e visibiliza casos que continuam desconhecidos pela mídia e pela população brasileira.
A primeira edição do Atlas de Conflitos da Amazônia será lançado nesta quinta-feira (28), no Centro Cultural Missionário (CCM), em Brasília, a partir das duas horas da tarde, em parceria com a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Rede Eclesial Panamazônia (REPAM). (pulsar)