Ao longo dos meses de maio e junho de 2015, a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC Brasil) realizou oficinas de capacitação em mídias comunitárias para os povos tradicionais da Amazônia Oriental e do Maranhão.
Ao todo, quatro comunidades receberam o projeto: os indígenas Mundukurus de Itaituba; os ribeirinhas de Suruacá, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns; representantes do Baixo Amazonas, em Santarém; todos no Pará; e o Quilombo Frechal, no Maranhão.
Com o intuito de dar visibilidade ao material produzido pelos povos tradicionais e fomentar a pluralidade de vozes dentro da comunicação no país, a Pulsar Brasil reproduz as notícias elaboradas pelos participantes ao longo do projeto.
Na última semana, o correspondente Eduardo Henrique realizou uma entrevista com o agricultor familiar Dimas Augustinho da Silva, que desde 1983 vive às margens do rio Moju, em Mojuí dos Campos, no Pará, sobre o impacto que a Usina Hidrelétrica de Curuá-Una tem causado para a população ribeirinha da região.
O agricultor fala ainda sobre como as mudanças climáticas e a própria hidrelétrica estão dificultando a sobrevivência das famílias locais.
A Usina Hidrelétrica Curuá-Una fica localizada no Rio Curuá-Una, na Cachoeira do Palhão, a 70 quilômetros de Santarém, no Pará . É uma das hidrelétricas que contribuem para o abastecimento da região oeste do Pará, em especial ás cidades de Santarém, Mojuí dos Campos e Aveiro. (pulsar/projeto mídia dos povos)