Mulher, negra e moradora de periferia. A brutal execução da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), de apenas 38 anos, chocou o Rio de Janeiro e o Brasil. Marielle ousou chegar à Câmara dos Vereadores, com mais de 40 mil votos, sendo a quinta mais votada nas últimas eleições. Já são contabilizadas inúmeras manifestações que pedem justiça em todo o país.
Marielle Franco foi assassinada a tiros na noite da última quarta-feira (14), por volta das nove horas, no bairro Estácio, região central do Rio de Janeiro. Anderson Pedro Gomes, motorista da vereadora, também morreu.
A parlamentar saía de uma atividade com ativistas negras. Um dia antes do crime, ela havia publicado nas redes sociais mais uma grave denúncia da atuação da Polícia Militar (PM) na comunidade do Acari, zona norte da capital fluminense.
Além disso, ela era relatora da comissão sobre a atual intervenção militar que ocorre no Rio.
Para Denise Viola, coordenadora da Amarc Brasil (Associação Mundial de Rádios Comunitárias) e integrante da Rede de Mulheres da Amarc, o assassinato de Marielle é uma tentativa de calar quem luta por direitos e uma sociedade mais justa.
O assassinato de Marielle Franco já é considerada a primeira execução política da intervenção militar no Rio de Janeiro. (pulsar)