O mito das Amazonas, defensoras do seu território contra a invasão espanhola, inspirou a criação da CiberAmazonas, uma Rede de Comunicadoras Panamazônicas. São comunicadoras que trabalham nos meios de comunicação comunitários, programas de rádio, videomakers e cineastas, escritoras, blogueiras, jornalistas online e artistas de diferentes países. Até o momento há representantes do Brasil, Colômbia, Equador e Peru. A rede foi criada no marco do VIII Fórum Social Panamazônico.
As realidades das mulheres indígenas, ribeirinhas, quilombolas e urbanas do território panamazônico são diferentes, mas elas compartilham a naturalização da violência em seus corpos, seus territórios e sua cultura. A rede se define como uma comunicação necessária e urgente para atender as mulheres amazônicas. Uma comunicação que investiga, informa, questiona e ajuda na reflexão. Que fortalece as lutas das mulheres, acompanha, amplifica suas vozes e testemunha a sororidade.
Denise Viola, coordenadora da Amarc Brasil (Associação Mundial de Rádios Comunitárias) e integrante da rede, conta a importância dessa mobilização de mulheres comunicadoras na Amazônia.
A CiberAmazonas pretende ser uma rede autônoma, autogestionada, horizontal, inclusiva e democrática. Além disso, será um espaço de formação e produção de conteúdo pelas ciberativistas.
A Amarc Brasil atua desde 2015 na Amazônia com o projeto Mídia dos Povos, levando a temática do direito à comunicação e fortalecendo a comunicação comunitária juntamente com os povos da floresta. Denise Viola conta que a participação da Amarc na rede CiberAmazonas é fruto desse projeto, e coloca em evidência algo muito importante para a associação, que é a questão de gênero.
Para conhecer as CiberAmazonas acesse o site www.pororoca.red. (pulsar)