Na manhã da última quinta-feira (5), centenas de jovens do Levante Popular da Juventude fecharam a Avenida Presidente Vargas, uma das principais avenidas do Rio de Janeiro, num protesto irreverente e colorido. A manifestação durou 30 minutos para chamar a atenção aos 30 mil jovens mortos a cada ano no Brasil.
De acordo com o Atlas da Violência do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), a maioria das vítimas tem entre 15 e 20 anos de idade. O local escolhido para dizer não à redução da maioridade penal é onde está situada a Vara da Infância e da Juventude.
Para os organizadores do ato, colocar os jovens excluídos na prisão ao invés de investir em educação é combater a violência com mais violência.
Entre as perdas na área da educação estão a Emenda Constitucional 95, que congela por 20 anos os investimentos em saúde, educação e assistência social e a retirada da exclusividade da exploração do Pré-sal da Petrobras, retirando assim a destinação dos royalties do petróleo para educação, apesar da medida ter sido aprovada em 2013.
O ato foi organizado pelo Levante Popular da Juventude com a participação do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), que realiza o seu 8º Encontro Nacional no Terreirão do Samba, no Rio de Janeiro.
A jovem Luma Vitório, de 21 anos, diz que os filhos de trabalhadores e trabalhadoras do Brasil não pretendem baixar a cabeça diante dos retrocessos, pois o projeto de sociedade do Levante é de um povo livre e com dignidade.
O Levante Popular da Juventude é uma organização de jovens militantes voltada para a luta de massas em busca da transformação da sociedade. Para mais informações, basta acessar levante.org. (pulsar)