Na semana passada um grupo da etnia Mundurukú, esteve em Brasília e foi recebido no Palácio do Planalto em audiência, onde fizeram questionamentos às autoridades em relação à operação da Polícia Federal que resultou na morte de um índio atingido por um tiro de fuzil.
O intuito da visita era cobrar do governo explicações sobre o ocorrido e manifestar a discordância dos indígenas em relação à construção do complexo hidrelétrico de Teles Pires e Tapjós.
Não obtiveram êxito em receber posição do governo sobre o assassinato, pois ainda não se sabe quem ordenou a operação, quem atingiu o índio que morreu, nem quem arcará com os prejuízos resultantes da ação da Polícia na aldeia.
Os indígenas pediram então a ajuda do Ministério Público.
O Procurador do Estado do Pará, Felício Pontes, nos explica quais as providências tomadas pelo MPF, incluindo o pedido de exumação do corpo do índio. Felício aborda ainda uma discussão crucial para o momento vivido pelos povos indígenas, que é a forma de entendimento e aplicação da Convenção 169. A Convenç]ao prevê a oitiva dos índios, porém não explicita seu direito à veto, o que acabou gerando diferentes "interpretações" sobre o que significaria essa oitiva.Eles têm ou não poder de veto? Isso está sendo discutido em diversas partes do mundo, A Colombia considera que eles tem poder de veto, sim, diferetemente do que acontece no Perú. Segundo o Procurador é chegada a hora dessa decisão no Brasil.