Em assembleia realizada na última quarta-feira (20) os funcionários da Universidade de São Paulo (USP) decidiram pela continuidade da greve. A decisão se deu horas depois da ação da Tropa de Choque da Polícia Militar que deixou ao menos seis pessoas feridas horas antes do encontro.
Estudantes e trabalhadores que aderiram à greve foram surpreendidos durante protesto que bloqueou o acesso ao campus da zona oeste da capital. O diretor do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), Magno de Carvalho, afirma que a polícia chegou por volta das cinco e quinze da manhã e já iniciou a ação violenta nas imediações do Hospital Universitário (HU).
Segundo Carvalho seis pessoas ficaram feridas. Um ativista levou um tiro com bala de borracha no abdômen e teve que ser encaminhado para o Hospital Universitário. Um outro teve o rosto ferido por uma bomba de efeito moral.
A greve na USP teve início no dia 27 de maio, num contexto de crise financeira das universidades paulistas. Depois de mais de 80 dias, os trabalhadores continuam questionando o corte de verbas para pesquisa, a perda de autonomia dos hospitais universitários e a ameaça de demissão de 3 mil funcionários. (pulsar/radioagência BdF)