Venda de conteúdos, atividades vigiadas, apropriação de informações pessoais.Para ir contra a lógica de funcionamento das grandes redes sociais, o coletivo baiano Desabafo Social lançou a rede “Ubuntu”, com utilização de software livre. A proposta é conectar pessoas, ocupar espaços e estabelecer uma rede de relacionamento focada nos direitos humanos, com valorização da participação social e política.
De acordo com Monique Evelle, diretora de inspiração e fundadora do Desabafo Social, a grande diferença entre a Ubuntu e as redes como Facebook, Instagram e Whatsapp é o termo de uso. Segundo ela, as pessoas aceitam termos que em que autorizam a utilização de informações pessoais, porém não sabem disso.
Monique afirma que na Ubuntu qualquer pessoa pode publicar com a certeza de que não será vigiado e nem terá seus dados vendidos.
Entre as características da nova rede social está a criação de conteúdos colaborativos sobre os mais diversos temas, além disso qualquer pessoa pode compartilhar conteúdo e ter acesso a outros compartilhados. Monique conta que o principal tema atualmente é gênero e diversidade, com muitos textos produzidos. Em seguida vem gordofobia, relações raciais e parto humanizado.
A comunicação como direito humano e a internet também como um direito impulsionaram a criação da rede. Há apenas uma semana no ar, a Ubuntu já possui 500 usuários e está disponível em cerca de 50 línguas. (pulsar)