Agroecologia promete ocupar praças públicas na Zona da Mata mineira
Nesta quarta-feira (22) a Caravana Agroecológica e Cultural vai conhecer a primeira experiência de agroecologia nessa viagem de quatro dias pela Zona da Mata de Minas Gerais: um assentamento sem terra em Muriaé.
A Caravana divulgará experiências da agricultura familiar em cerca de dez municípios da região entre os dias 22 e 25 de maio. A ideia é gerar intercâmbio entre as experiências locais e aquelas vividas por outras 40 pessoas. Estas fazem parte de grupos ligados à agroecologia e chegam de todas as regiões do Brasil.
Os grupos, que somam ao menos 200 pessoas, aproveitam os trajetos para divulgar a agroecologia com panfletagens, entrevistas em rádios e eventos em praças públicas. Assim, o número de participantes se multiplica junto à população de cada cidade.
A agricultura no norte da Zona da Mata de Minas Gerais é formada basicamente por famílias. Cerca de 90 das propriedades tem área menor que 100 hectares. Estas são exemplos de produção e manejo com agroecologia e venda de alimentos saudáveis para escolas incentivados por políticas públicas.
Também conhecerão a resistência aos minerodutos e à mineração de bauxita. E a construção das Escolas Família Agrícola, que são espaços populares onde os jovens aprendem agroecologia numa mescla de teoria e a prática realizada em suas casas e comunidades.
Além disso, são consideradas importantes as experiências de conquista da terra, seja em assentamentos de reforma agrária, seja em assentamentos formados com crédito rural, quer dizer, pela compra de terras por um conjunto de famílias organizadas.
Na entrevista a seguir, Glauco Regis, da coordenação do Centro de Tecncologia Alternativa da Zona da Mata de Minas Gerais, explica o que é agroecologia e porque realizar este evento. A caravana é uma preparação para o III Encontro Nacional de Agroecologia, que será realizado no próximo ano.