A Comunidade de Frechal no município de Mirinzal, no estado do Maranhão, começou da implantação da fazenda da família portuguesa Coelho Souza no ano 1792.
Os primeiros trabalhadores e ancestrais dos atuais moradores foram trazidos da Costa de Mina na África. Os africanos e africanas foram escravizadas para trabalhar na lavoura, engenho e construção da fazenda.
Muitos donos passaram pela terra, mas a comunidade não estava satisfeita com o tratamento e depois de muita luta os moradores se organizaram, a partir de 1985, para reivindicar o direito à terra própria.
A comunidade foi fundada por moradores e moradoras, que se organizaram e tomaram a iniciativa de procurar a Igreja Católica e Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. O então presidente Fernando Collor de Melo assinou o decreto presidencial no. 536 que reconheceu a comunidade como Reserva Extrativista Quilombo Frechal, em 20 de maio de 1992.
A comunidade teve vários parceiros como Centro da Cultura Negra do Maranhão (Projeto Vida de Negro), Cáritas, Sociedade dos Direitos Humanos e outras Ongs.
Os frechalenses fundaram uma associação própria para desenvolver projetos que garantam a sua autonomia e melhore suas condições de vida.
A área da comunidade Quilombo Frechal é de 10.500 hectares e composta por três comunidades: Frechal, Rumo e Deserto. Nestas terras ainda hoje se cultivam plantações como arroz, feijão, mandioca e milho.
Frechal é a primeira comunidade negra reconhecida como Reserva Extrativista de Quilombo.