Está prevista para a próxima terça-feira (24) a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que vai investigar as denúncias de contas irregulares de brasileiros abertas pelo HSBC na Suíça. O requerimento com pedido de criação da comissão e as devidas assinaturas foi protocolado em fevereiro, mas a pauta cheia das últimas sessões e o rito regimental dos trabalhos atrasaram a instalação, que já vinha sendo cobrada por vários parlamentares e foi alvo de críticas de que o Senado estaria levando o caso em “banho-maria”.
O tema entrou em definitivo nas discussões do Congresso nos últimos dias, puxado pelo líder do Psol, Randolfe Rodrigues (AP), que apresentou o requerimento pedindo a criação da comissão, e pelos líderes do PMDB, Eunício Oliveira (CE), e do governo no Senado, José Pimentel (PT-CE). Alguns parlamentares da oposição, entre eles Aécio Neves (PSDB-MG), não assinaram o requerimento.
Ainda estão indefinidos os senadores que serão responsáveis pela presidência e relatoria da CPI, porém o senador Eunício Oliveira afirmou que o PMDB vai reivindicar a indicação do relator, por ser a legenda com o maior número de parlamentares do Senado. E disse que, dentre os dirigentes da legenda, ficou definido o nome do senador Ricardo Ferraço (ES) para a vaga. Como PT e PMDB são as duas siglas com maior bancada, caso Ferraço seja confirmado na função, caberá aos petistas a indicação do presidente.
O objetivo é investigar quais das mais de oito mil contas de brasileiros da filial suíça do HSBC foram abertas com dinheiro não declarado e qual a origem das fortunas ali depositadas. (pulsar/rba)