Um estudo da Comissão Econômica da ONU para América Latina e Caribe (Cepal), revela que quase 30 por cento das jovens na região foram mães antes de completarem 20 anos de idade e que a maioria pertence aos níveis mais desfavorecidos da sociedade. Segundo a Cepal, este cenário promove a reprodução da pobreza entre gerações e compromete a autonomia feminina.
Para a Comissão, o índice mostra a necessidade de incluir a educação sexual e os serviços de saúde reprodutiva na agenda de políticas públicas, incluindo além do fornecimento de métodos contraceptivos.
Os países com as maiores proporções de maternidade entre meninas de 15 e 19 anos são a Nicarágua, com quase 20 por cento, República Domicana e Equador. No Brasil, o índice é de quase 12 por cento. Já as nações da região com os níveis mais baixos são Uruguai, com 9,5 por cento, Costa Rica e Peru.
A Cepal destaca que todas as nações da América Latina e Caribe têm níveis muito acima dos registrados na Europa Ocidental, onde a materninade na adolescência está na ordem de dois por cento. Depois da África Subsaariana, a região é a segunda com a menor queda da fecundidade entre adolescentes. (pulsar/brasil de fato)