Nesta quarta-feira (20), a Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas realizada na capital federal uma caminhada e um ato de repúdio à corrupção e ao parecer da Comissão Especial de Reforma Política, apresentado na semana passada pelo deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). O relatório pretende tornar o financiamento empresarial das campanhas constitucional e cria o “distritão”, sistema majoritário para a escolha de deputados e vereadores, que aprofunda a influência do poder econômico nas eleições e enfraquece os partidos. A concentração está marcada para nove horas da manhã na Catedral de Brasília.
Esses dois instrumentos são contrários às reivindicações de 113 entidades, entre sindicatos, centrais e movimentos sociais, que querem o fim do financiamento empresarial de campanha para combater a corrupção, e eleições proporcionais em dois turnos para o Legislativo, como forma de melhorar a representatividade dos diversos segmentos sociais do país.
De acordo com Aldo Arantes, secretário-geral da Comissão Especial de Mobilização para Reforma Política da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Brasil corre atualmente o risco de aprovar uma contrarreforma no Congresso Nacional, que pode tornar a corrupção constitucional.
Segundo Arantes, para garantir uma reforma democrática a Coalizão defende o fim do financiamento das campanhas por empresas, incentivo à participação das mulheres, eleições proporcionais em dois turnos e o aperfeiçoamento de mecanismos de democracia direta, como o plebiscito e o referendo, por exemplo. Para o advogado, a reforma política é a mãe de todas as outras, a reforma agrária, urbana, previdenciária e a democratização dos meios de comunicação.
A Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas pretende continuar a mobilização por coleta de assinaturas até atingir o marco de um milhão e 500 mil. Mesmo se for necessário entregar antes do previsto, com a pressão para que a reforma seja votada logo, a coleta continua. (pulsar)